Itaituba/PA- Durou mais de dez horas a primeira audiência de instrução que apura o triplo homicídio na caso Leda Marta


Itaituba/PA- Durou mais de dez horas a primeira audiência de instrução do caso que apura o triplo homicídio no caso Leda Marta

A primeira audiência de instrução do caso que apura o triplo homicídio foi marcada por determinação da Justiça, e representou o acontecimento da semana em Itaituba. Um numeroso grupo de advogados que acompanham o caso desde o princípio se preparou especialmente para a bateria de depoimentos, que, na prática, dá início e um significativo avanço ao processo, que apura as circunstâncias e a motivação de uma verdadeira chacina praticada em circunstâncias perturbadoras e sem explicação aceitável em fevereiro deste ano.Ao todo, foram convocados vinte e três jurados, divididos entre oito de acusação, oito de defesa e sete arrolados pela própria Justiça. O juiz Sidney Pomar Falcão, da Vara Criminal de Itaituba, preside o processo, que aponta Altair dos Santos como suspeito de ter encomendado o crime, em que foi vítima uma filha dele, a criança Hannah Stela, além da ex-mulher e uma jovem de 22 anos. O pai e alguns irmãos da advogada Leda Marta, uma das vítimas, estão em Itaituba desde domingo acompanhando o desenvolvimento do caso. A irmã de Leda diz que a família previa que algo de grave poderia acontecer no desfecho de uma seqüência de discussões e ameaças contra a advogada.

FOTO ALTAIR 1
“Para a sociedade de Itaituba, cidade que nossa irmã tanto amava, imaginamos que tenha sido um choque profundo. Pra nós da família, sem dúvida, foi o maior choque de todos. Mas estamos acreditando na Justiça. O que aconteceu foi a banalização da vida, a vulgarização da família. Nós sabíamos que poderia acontecer algo de grave, mas éramos otimistas e torcíamos sempre para que estivéssemos errados. Infelizmente, não estávamos. Agora, que a Justiça seja feita. Agradecemos pelo apoio e peço que orem por nós, por nossa família”, diz Renata, emocionada.

O advogado está preso, aguardando julgamento no Centro de Recuperação Regional de Itaituba. Ele e os seus advogados, que vieram do Matogrosso, foram comunicados da audiência e compareceram ao Fórum no horário marcado, sem atraso. Foi uma verdadeira sabatina, com revelações ainda desconhecidas dos autos do processo, mas que deram um grande avanço ao caso. Depuseram parentes, pessoas mais próximas ao casal e outras de convivência, como amigos e empregados. Os depoimentos duraram treze horas e, por volta das 10 e meia da noite, Altair dos Santos saiu do Fórum acompanhado de policiais militares e agentes prisionais e foi escoltado de volta para a casa penal. A advogada Cristina Bueno, presidente da OAB local, acompanhou toda a audiência. Segundo ela, aqui se cria uma nova expectativa para quem espera pelo desfecho do caso.
 “Bem, em uma próxima etapa, pela sequencia dos fatos, teremos a pronúncia do réu, a impronúncia ou a absolvição sumária. Isso vai depender muito dos próximos passos. Estamos aguardando e confiantes na Justiça”, resumiu Cristina Bueno.

FONTE: MAURO TORRES
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