A MALDADE EM CADA UM DE NÓS
Realidade
A MALDADE EM CADA UM DE NÓS
“A maldade é uma característica singular da pessoa ou é gerada por outros fatores externos?”. Então fizeram o seguinte experimento para tentar descobrir: O estudo comportamental da obediência.
O estudo, inventado há 50 anos por Stanley Milgram, queria analisar se, por mais que fossemos pessoas “boas”, quando alguém com autoridade, que imponha respeito, nos mandasse fazer algo de ruim, se o faríamos. E para isso Milgram inventou um teste: seriam convidados alguns professores, sem saber do que realmente se tratava o teste, e cada professor, em sua vez de participar, estaria acompanhado de outro suposto professor, que na verdade era um ator contratado. O doutor que conduzia o teste, aparentemente faria um sorteio para escolher quem seria o professor e quem seria o aluno, porém sempre a pessoa convidada seria o professor, e o ator ficaria como aluno.
Tendo conhecimento dos papeis a desempenhar, o doutor explicava que o aluno ficaria numa sala a parte, com um eletrodo ligado ao braço, enquanto o convidado ficaria noutra sala, lhe fazendo perguntas, e, a cada erro do “aluno”, o professor convidado lhe aplicaria um choque, que começaria em 15 volts, e aumentaria 15 volts a cada erro do aluno, até chegar na quantia de 450 volts, valor possivelmente fatal para o ser humano. A única, mas principal diferença era que, o aluno NÃO levaria choque algum, apenas fingiria, já que era ator.
E dessa forma o teste prosseguia. No começo o aluno acertava em torno de 4 questões, apenas para o convidado se sentir a vontade, e depois começava errar todas.
Os convidados, alguns já com um pouco de receio, começavam a aplicar os choques, 15 volts... 30 volts... 60 volts... e assim o teste continuava.
O ápice do teste era quando a tensão chegava em 150 volts. Após o choque com essa intensidade, o ator, fingia que estava doendo muito e gritava algo do tipo “Por favor doutor pare, está muito forte, sinto meu coração doer”. Nesse momento, em todos os testes realizados, as pessoas paravam e olhavam para o doutor, esperando que ele interrompesse o teste, mas ele apenas diz “Continue, os choques não causam mal algum a ele”. E por incrível que pareça, apesar de todos terem hesitado neste ponto, após a ordem do doutor, 80% dos participantes continuam com o teste, aplicando 165 volts, mesmo todos tendo ciência de que podiam parar a qualquer momento.
Depois do teste encerrado, quando perguntado aos convidados de quem seria a culpa, caso acontecesse alguma coisa ao “aluno”, a maioria respondeu que seria do doutor, sendo que eles que estavam diante da máquina.
Até esse momento a conclusão era que, muitas pessoas podem ser boas, mas diante de certas ocasiões, e sobre pressão de pessoas com autoridade maior que a nossa, podemos nos tornar más pessoas e cometer atrocidades.
Depois fizerem um teste parecido, para testar a nossa bondade. Agora com a ajuda de 2 atores, os testes eram realizados em trios, onde um ator continuava sendo aluno enquanto o outro ator realizava as perguntas junto com o convidado. O ator que se fingia de professor era quem comandava, aplicando todos os choques até que, em certo momento, antes mesmo dos 150 volts, ele próprio se levantava e desistia de continuar, alegando de que não se sentia bem fazendo aquilo e a pessoa convidada, vendo a atitude, se sentia mais a vontade e acabava também por desistir.
Assim concluíram que, muitas de nossas atitudes são reflexos de exemplos que nós temos, de pessoas que tem influência sobre nós.
Logo, tome cuidado com os exemplos que você dá, um exemplo ruim gerará atitudes ruins, enquanto um exemplo bom trará boas coisas tanto para você quanto para as pessoas ao seu redor. Repense algumas atitudes, nunca é tarde para fazermos o bem!