Saúde- HOSPITAIS UNIVERSITÁRIOS QUE DEVERIAM SER REFERÊNCIA ESTÃO ABANDONADOS



Edição do dia 16/09/2013
16/09/2013 21h05 - Atualizado em 16/09/2013 21h05

Hospitais Universitários que deveriam ser referência estão abandonados

Em todo o Brasil são 47 hospitais universitários, a maioria em estado precário.

No Brasil, hospitais universitários que deveriam ser referências estão abandonados. Pacientes ficam sem atendimento. Estudantes de medicina e enfermagem, sem aulas práticas.
Hospital que é sonho de consumo de qualquer paciente: leitos à vontade, salas de urgência sem correria, equipamentos novinhos. Pena que essa aparente vantagem é só mais um sinônimo de caos na saúde. Este é o Hospital Universitário de Curitiba, e está assim porque falta o essencial: médicos e enfermeiros.
O diretor, Flávio Tomasic, admite: “Prejudica, prejudica o funcionamento”.
Hospital novo, problema antigo. Depois de 24 anos de espera, a Universidade Federal do Piauí finalmente recebeu um hospital. Ficou pronto no fim de 2012. Mas, até agora, vem funcionando com menos de 20% da capacidade.
Em Florianópolis, o Hospital Universitário tem 311 leitos, um terço desativado por falta de funcionários.
No Rio de Janeiro, o risco de infecção por bactérias provocou o fechamento de uma das Unidades de Terapia Intensiva.
Em todo o Brasil, são 47 hospitais universitários, a maioria em estado precário. Inclusive o HU de Brasília, que fica a três quilômetros da Esplanada dos Ministérios. Poderia atender oito mil pacientes por mês. Atualmente, não cuida nem da metade da demanda.
Esta é uma das alas mais importantes do Hospital Universitário de Brasília - o setor de imaginologia. É onde são feitas imagens internas dos pacientes. O problema é que várias máquinas estão quebradas, em manutenção. Em todo o corredor há vários equipamentos nessa situação. Com isso, não há pacientes. E sem pacientes, os estudantes de medicina, os futuros doutores, não têm como aprender na prática.
“Essa semana a gente não tinha paciente nenhum, então a gente tem que ler artigo, buscar conhecimento teórico, porque não temos conhecimento prático”, conta a residente Priscila Morais.
O presidente da empresa de serviços hospitalares, que foi criada especialmente para cuidar dos HUs, disse que as soluções estão sendo providenciadas: obras e concursos para contratar profissionais. Mas ele diz que não vai ser fácil resolver tudo na velocidade que pacientes e estudantes de medicina esperam - e merecem.
“O sistema dos Hospitais de Universidades Federais há muito tempo vem sofrendo um processo de deterioração. Mas nós já diagnosticamos esses problemas e as soluções já estão dadas”, declarou José Rubens Rebelatto.
Enquanto a solução não chega, quem poderia contar com a excelência dos HUs, se espalha pelos já congestionados hospitais da rede pública.
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About Pedro Fernandes

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