Política- Dilma só apoia PMDB em seis estados. Pará está fora.


Dilma só apoia PMDB em seis estados. Pará está fora.

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Foto: Pedro Ladeira, Folha Press
O presidente do PMDB, senador Valdir Raupp (RO), disse nesta segunda-feira (10) que espera que a crise entre o partido e o PT esteja encerrada. No entanto, ele fez a observação de que "na crise, a gente nunca sabe se está começando, se está terminando, se está ficando maior". Raupp fez o comentário após ser questionado sobre a relação entre PMDB e PT. Mais cedo, ele participou no Palácio do Planalto de reunião com a presidente Dilma Rousseff e líderes do PMDB para tratar do tema.
Nas últimas semanas, a relação do governo com o PMDB tem passado por momentos de tensão. Um dos episódios que acirraram o atrito foi a criação do chamado "blocão". Sete partidos da base aliada, liderados pelo líder do PMDB na Câmara, Eduardo Cunha (RJ), se uniram para criar o grupo com o objetivo de pressionar o Palácio do Planalto e ampliar o poder de negociação com o Executivo.
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Na reunião desta segunda, Dilma recebeu, além de Raupp, outros peemedebistas: o vice-presidente, Michel Temer, o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), o presidente da Câmara (PMDB-RN), o líder do PMDB no Senado, Eduardo Braga (AM) e o senador Eunício Oliveira (CE), líder do PMDB no Senado.

Após o encontro com Dilma, Raupp foi questionado por jornalistas no Congresso se a crise entre as bancadas do PT e do PMDB está encerrada.

"Eu espero que sim. Na crise, a gente nunca sabe se está começando, se está terminando, se está ficando maior", declarou Raupp. O senador negou, no entanto, que a tensão entre os dois partidos tenha se estendido da Câmara dos Deputados para o Senado.

Alianças regionais

De acordo com Valdir Raupp, a reunião com a presidente da República tratou apenas de alianças regionais entre PT e PMDB, sem discutir a reforma ministerial. O senador disse acreditar que em cinco ou seis estados é possível negociar a formação de chapa estadual com as duas siglas.

PT e PMDB divergem no lançamento de candidaturas próprias em estados como Rio de Janeiro e Ceará. "O PT só tem candidato fixo em 11 estados. Fora isso, está em aberto. O partido preferencial da aliança do PT é o PMDB", afirmou Raupp.

Vamos estabelecer procedimentos – no caso do Ceará, do Rio de Janeiro, de alguns estados – que não venham a ter enfrentamentos e comprometer a aliança nacional. A aliança nacional está tranquila. A princípio, está salva"

O presidente do PMDB informou, ainda, que se reúne na próxima quinta-feira com o ministro chefe da Casa Civil, Aloizio Mercadante, e com o presidente do PT, Rui Falcão, para discutir as candidaturas.

Raupp também afirmou que a aliança nacional entre as duas siglas está “salva”.
“Vamos estabelecer procedimentos – no caso do Ceará, do Rio de Janeiro, de alguns estados – que não venham a ter enfrentamentos e comprometer a aliança nacional. A aliança nacional está tranquila. A princípio, está salva”, declarou.

 “Eu não vejo absolutamente nenhum problema, nenhum indicativo que vai ter problema na convenção [do PMDB] para a reedição da aliança Dilma-Temer”, completou.

Segundo ele, no âmbito estadual, é preciso avançar as discussões em seis ou sete estados em busca de um consenso. “Vamos tratar agora de Goiás, Maranhão, Paraíba, Alagoas, Rondônia, Tocantins. São mais seis ou sete  estados onde dá pra caminhar chegando aí a uma aliança fechada”, declarou.

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