Princesas presas pelo rei carrasco Abdullah usam internet para pedir socorro
Duas filhas do rei Abdullah gravaram vídeo denunciando detenção.
Irmãs pedem ajuda à comunidade internacional para serem libertadas.
Duas das quatro filhas do rei Abdullah bin Abdul Aziz, da Arábia Saudita, que denunciaram em março estar presas pelo pai, postaram na quinta-feira (5) um vídeo no YouTube em que pedem ajuda à comunidade internacional para serem libertadas. Assista à gravação (em inglês).
Sahar e Yawaher Bint Abdullah Al-Saud acusam o pai de mantê-las encarceradas há 13 anos, junto com outras duas irmãs (Maha e Hala), em duas casas no interior do palácio real da cidade de Jidá.
Usando um hijab (véu que cobre o cabelo) no vídeo, Sahar denunciou que o rei e seus meios-irmãos Mutaib e Abdelaziz as estão privando de comida e água há mais de uma década.
"Estamos destilando água do mar e comendo comida vencida", comentou Sahar no vídeo. "Estão nos matando de fome."
A outra irmã presente na gravação, Yawaher Bint Abdullah Al-Saud, pede à Organização das Nações Unidas (ONU), a organizações de direitos humanos, ativistas, líderes e governos que "venham e vejam por eles mesmos o ato criminoso que está sendo cometido aqui nesta casa".
Yawaher continuou sua declaração e acusou a comunidade internacional de ser "responsável e cúmplice do rei saudita e de seus filhos nesse ato criminoso".
"Não aceitamos o argumento de que seja uma disputa familiar. Não podemos ser sequestradas e chamarem isso de disputa familiar, nos negando direitos humanos, comida, água, o direito de viver ou de nos movimentar", lamentou Sahar.
Ela assegurou que seus protestos não vão parar e que, para isso, usará a internet, cujo acesso lhe é permitido, segundo ela, para desacreditá-la.
Carta a Obama
A ex-mulher do rei saudita, a jordaniana Alanoud Alfayez, de 57 anos, chegou a enviar uma carta ao presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, pedindo ajuda para libertar suas quatro filhas.
"Alguém tem que intervir. Minhas filhas não são criminosas, não mataram ninguém", escreveu. "Há 13 anos, Sahar, Maha, Hala e Jawaher estão sob prisão domiciliar, morrendo de fome e precisam ser libertadas imediatamente", declarou Alanoud, que vive em Londres desde o divórcio, em 2003.
Segundo diplomatas na Arábia Saudita, as princesas estão detidas em Jidá, mas podem circular com guarda-costas.
Lord Anthony Lester, que foi advogado da ex-mulher de Abdullah, explicou que há oito anos já havia tentado libertar as jovens, mas o rei recusou-se a cooperar.
Você ajuda divulgando
Sahar e Yawaher Bint Abdullah Al-Saud acusam o pai de mantê-las encarceradas há 13 anos, junto com outras duas irmãs (Maha e Hala), em duas casas no interior do palácio real da cidade de Jidá.
Usando um hijab (véu que cobre o cabelo) no vídeo, Sahar denunciou que o rei e seus meios-irmãos Mutaib e Abdelaziz as estão privando de comida e água há mais de uma década.
"Estamos destilando água do mar e comendo comida vencida", comentou Sahar no vídeo. "Estão nos matando de fome."
Princesas Yawaher e Sahar Bint Abdullah Al-Saud, da Arábia Saudita, denunciam condições às quais são submetidas pelo pai, o rei Abdullah, em vídeo divulgado no YouTube (Foto: Reprodução/YouTube/Free The Princesses)
Além disso, a princesa criticou que "o mundo inteiro está vendo o que acontece e esperando que algum tipo de tragédia aconteça".A outra irmã presente na gravação, Yawaher Bint Abdullah Al-Saud, pede à Organização das Nações Unidas (ONU), a organizações de direitos humanos, ativistas, líderes e governos que "venham e vejam por eles mesmos o ato criminoso que está sendo cometido aqui nesta casa".
Yawaher continuou sua declaração e acusou a comunidade internacional de ser "responsável e cúmplice do rei saudita e de seus filhos nesse ato criminoso".
"Não aceitamos o argumento de que seja uma disputa familiar. Não podemos ser sequestradas e chamarem isso de disputa familiar, nos negando direitos humanos, comida, água, o direito de viver ou de nos movimentar", lamentou Sahar.
Ela assegurou que seus protestos não vão parar e que, para isso, usará a internet, cujo acesso lhe é permitido, segundo ela, para desacreditá-la.
Carta a Obama
A ex-mulher do rei saudita, a jordaniana Alanoud Alfayez, de 57 anos, chegou a enviar uma carta ao presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, pedindo ajuda para libertar suas quatro filhas.
"Alguém tem que intervir. Minhas filhas não são criminosas, não mataram ninguém", escreveu. "Há 13 anos, Sahar, Maha, Hala e Jawaher estão sob prisão domiciliar, morrendo de fome e precisam ser libertadas imediatamente", declarou Alanoud, que vive em Londres desde o divórcio, em 2003.
Segundo diplomatas na Arábia Saudita, as princesas estão detidas em Jidá, mas podem circular com guarda-costas.
Lord Anthony Lester, que foi advogado da ex-mulher de Abdullah, explicou que há oito anos já havia tentado libertar as jovens, mas o rei recusou-se a cooperar.
Você ajuda divulgando
0 comentários:
Postar um comentário
Quando alguém tem caráter, personalidade e confia no que está dizendo, não precisa se esconder no anonimato.