Uma mãe e tanto
As aranhas-lobo são membros da família Lycosidae e possuem ótima capacidade de caça e visão. Algumas atacam as presas diretamente, enquanto outras preferem se esconder e esperar o momento mais oportuno.Stuart Hine, um dos especialistas do Museu de História Natural de Londres, informa que “a fêmea dessa família de aracnídeos costuma carregar os ovos com ela aonde quer que vá e quando eles eclodem, os filhotes escalam o abdômen da mãe, onde podem buscar abrigo e proteção – incluindo uma parte dos alimentos adquiridos pela aranha”.
As aranhas-lobo são únicas na maneira como carregam suas crias. Elas grudam um ovo de teia nas fieiras que ficam localizadas no fim de seu abdomên, visando assim carregar seus filhotes ainda não nascidos com elas.
Apesar da aparência assustadora, elas são ótimas mães. Assim que aranhinhas saem do ovo, a fêmea permite que elas escalem suas pernas e se abriguem em seu abdomên. Dessa maneira, as criaturinhas ficam camufladas perfeitamente contra os predadores e conseguem mais chances de sobreviver até a fase adulta.
Meus filhos em primeiro lugar
Desde que foi postado na semana passada, o vídeo da mamãe aranha e seus filhotes já foi visto mais de 1 milhão de vezes. Recentemente, após o início da “temporada das aranhas” na Califórnia, EUA, um homem gravou alguns bichinhos que ele havia capturado em um pote.No vídeo, uma pequena aranha fêmea é atacada por um macho maior. Ela estava repleta de filhotes, os quais foram soltos após a morte da mãe. Alguns especialistas defendem que, aparentemente, a aranha optou em dar aos filhotes a melhor chance de sobrevivência, visto que ela estava sendo ameaçada por um espécime maior.
São poucas as espécies de aranha que permitem que os filhotes peguem carona em suas costas enquanto são pequenos. Isso aumenta as chances de que eles não sejam devorados. “O agressor virou a mãe. Talvez as aranhinhas tenham reconhecido a chance e foi nessa hora que pularam fora”, explica a doutora Lock.
Um especialista em invertebrados do Zoológico de Bristol, na Inglaterra, defende: “Nesse caso, a dispersão dos filhotes foi o melhor método de sobrevivência encontrado pela mãe – não por causar uma distração ou um ataque direto ao macho, mas sim por dar uma chance de eles escaparem. Os cuidados maternais são incríveis no mundo das aranhas”.