Itaituba/pa- NA POLÍTICA NÃO EXISTE AMIZADES EXISTE CONVENIÊNCIAS, ONDE OS INIMIGOS SÃO MAIS ÚTEIS QUE OS AMIGOS


Na política não existe amizades, existe conveniências.
 Ingênuos são os que pensam que existe amizade sincera no mundo da política. Logicamente toda a regra tem lá suas exceções, em política, os valores agregados à amizade ocupam o terceiro plano. No geral, ninguém é verdadeiramente amigo de  ninguém, a não ser que lhe convenha.
A amizade no meio político é sempre circunstancial e temporária, motivada por interesses, ou seja, funciona como um cata-vento, mudando de direção conforme as correntes de ar. E para tal tudo é válido, incluindo a mentira, a falsidade, a deslealdade, a traição. Os amigos são temporários, descartáveis, se já não são convenientes.
Para constatarmos este feito, basta tão somente olhar para os lados! Não se admire ao deparar com alguém falando mal de quem sempre apoiou, defendeu ao ponto de colocar em risco amizades verdadeiras, relacionamentos familiares e até profissionais. Certamente ele deve ter sido substituído por outro mais útil!
O fato é que a atmosfera do poder, se não torna a amizade impossível, por certo cria climas muito desagradáveis. Amigos exigem muito (atenção, consideração, compreensão) e tais expectativas são perfeitamente justas e adequadas, no contexto social, mas no contexto política que, em sua lógica própria não as reconhece, tornam-se politicamente onerosas.
Por estas razões, amigos de quem detém o poder estão sempre "à beira da decepção", sempre na iminência do rompimento da amizade.
É que na lógica da política, após uma eleição, o gestor público, passa a ser o governante de todos: dos que o apoiaram e dos que se opuseram. Com essa autoridade, pode convidar ex-adversários para integrar sua administração. Afinal, a adesão de um adversário sempre significa um enfraquecimento do bloco de oposição, senão quantitativo, por certo qualitativo. Aos olhos do povo, o apoio de um adversário, valerá muito mais do que o mesmo apoio de um aliado fiel.
Sem contar que os novos amigos serão infinitamente mais pacientes e compreensivos que os antigos amigos. Diferentemente destes, os inimigos não podem se dar ao luxo de ficar “à beira da decepção”.
Concluindo no mundo da política, inimigos são mais úteis que os amigos.
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About Pedro Fernandes

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