Eu não errei porque eu não roubei, diz Ivo Cassol no Senado após ser condenado pelo STF
Cassol afirmou não ter cometido nenhum crime e informou que irá recorrer da decisão do STF
Em seu primeiro pronunciamento após a sentença de condenação no STF (Supremo Tribunal Federal), o senador Ivo Cassol (PP-RO) subiu à tribuna do plenário do Senado no início da noite desta quarta-feira (14) para fazer sua defesa pública.
"Fui o único governador do país a ser processado porque não aceitei barganhar, negociar com os deputados corruptos. Eu poderia ter negociado com eles, mas não o fiz. Mas não me arrependo, porque continuo com a minha consciência tranquila", afirmou o senador.
"Não vou cair. Vou continuar de pé. Por mais que pareça que houve erro técnico, eu não errei, porque eu não roubei. Não houve pagamento de obra que não tenha sido executada. Não houve desvio de nenhum centavo", completou. "Não houve desvio, não houve enriquecimento ilícito."
Ao final do discurso, o político chegou a chorar. Ele ainda disse: "Os meus filhos não terão vergonha de andar pelas ruas com medo de ouvir que sou corrupto porque houve erro técnico".
O senador já disse vai recorrer da condenação no Supremo Tribunal Federal por crime de fraude a licitações.
Em nota divulgada por sua assessoria de imprensa no dia da decisão do STF, o senador havia dito que era inocente e que não pretendia renunciar ao mandato no Senado. "Continuarei a exercer normalmente meu mandato como senador da República, mandato este que me foi outorgado pela população de Rondônia e para a qual continuarei trabalhando", diz no texto.
Cassol foi considerado culpado por todos os dez ministros que participaram do julgamento e é o primeiro senador condenado pelo STF. Segundo denúncia do Ministério Público, o esquema criminoso consistia no fracionamento ilegal de licitação em obras e serviços de engenharia para permitir a aplicação da modalidade convite. Com o método, apenas as empresas envolvidas na fraude disputavam a licitação, prejudicando o processo competitivo. Os fatos ocorreram na época em que Cassol era prefeito de Rolim de Moura (RO), entre 1998 e 2002.
A pena definida pelos ministros do STF para Cassol é quatro anos e oito meses e poderá ser cumprida em regime semiaberto, além de multa de R$ 201,8 mil em valores ainda não atualizados. O advogado do senador, Marcelo Bessa, disse que vai aguardar a publicação do acórdão para identificar quais recursos ainda podem ser apresentados. Segundo ele, esses recursos em geral não têm efeito modificativo do julgamento, mas servem para pedir esclarecimentos sobre pontos omissos na decisão.
Depois de sua fala, o senador recebeu apoio do presidente de seu partido, Ciro Nogueira (PI), e também do presidente de honra da legenda, o senador Francisco Dornelles (RJ).
"Sei que é difícil [ser] uma pessoa como o senhor que se sente injustiçado. O julgamento não terminou, o senhor conta com a solidariedade total do PP", resumiu Nogueira.
"Fui o único governador do país a ser processado porque não aceitei barganhar, negociar com os deputados corruptos. Eu poderia ter negociado com eles, mas não o fiz. Mas não me arrependo, porque continuo com a minha consciência tranquila", afirmou o senador.
"Não vou cair. Vou continuar de pé. Por mais que pareça que houve erro técnico, eu não errei, porque eu não roubei. Não houve pagamento de obra que não tenha sido executada. Não houve desvio de nenhum centavo", completou. "Não houve desvio, não houve enriquecimento ilícito."
Ao final do discurso, o político chegou a chorar. Ele ainda disse: "Os meus filhos não terão vergonha de andar pelas ruas com medo de ouvir que sou corrupto porque houve erro técnico".
O senador já disse vai recorrer da condenação no Supremo Tribunal Federal por crime de fraude a licitações.
Em nota divulgada por sua assessoria de imprensa no dia da decisão do STF, o senador havia dito que era inocente e que não pretendia renunciar ao mandato no Senado. "Continuarei a exercer normalmente meu mandato como senador da República, mandato este que me foi outorgado pela população de Rondônia e para a qual continuarei trabalhando", diz no texto.
Cassol foi considerado culpado por todos os dez ministros que participaram do julgamento e é o primeiro senador condenado pelo STF. Segundo denúncia do Ministério Público, o esquema criminoso consistia no fracionamento ilegal de licitação em obras e serviços de engenharia para permitir a aplicação da modalidade convite. Com o método, apenas as empresas envolvidas na fraude disputavam a licitação, prejudicando o processo competitivo. Os fatos ocorreram na época em que Cassol era prefeito de Rolim de Moura (RO), entre 1998 e 2002.
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Em 2003, o senador Roberto Saturnino (PT-RJ) foi acusado de compartilhar seu mandato com o então suplente Carlos Lupi (PDT-RJ) (foto). Pela denúncia, Saturnino ficaria quatro anos no cargo, antes de passá-lo ao suplente, e obteria o apoio da sigla em troca. Em abril de 2004, o Conselho decide aplicar apenas uma censura verbal a Saturnino Leia mais Sérgio Lima/Folhapress
Depois de sua fala, o senador recebeu apoio do presidente de seu partido, Ciro Nogueira (PI), e também do presidente de honra da legenda, o senador Francisco Dornelles (RJ).
"Sei que é difícil [ser] uma pessoa como o senhor que se sente injustiçado. O julgamento não terminou, o senhor conta com a solidariedade total do PP", resumiu Nogueira.
Parlamentares de outros partidos, como Eduardo Lopes (PRB-RJ) e Jayme Campos (DEM-MT), também se solidarizaram. "O senhor pode contar comigo. Sou solidário a vossa excelência e acredito em tudo o que vossa excelência acabou de falar", declarou Campos em plenário.
"Este mandato foi Deus que me deu com o voto do povo de Rondônia. Eu não envergonhei vocês [se referindo aos senadores de sua legenda]. Eu não desviei. Eu não roubei. Eu não paguei obras que não foram executadas. Respeito a Corte máxima deste país , mas continuo buscando justiça", concluiu Cassol.
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24.jul.2013 - O ministro dos Esportes, Aldo Rebelo, divulgou nota nesta quarta-feira (24) justificando a ida da mulher e do filho à Cuba, durante o Carnaval deste ano, com o avião da Força Aérea Brasileira (FAB). No documento, ele explicou que foi à capital cubana a trabalho, mas continuou sem justificar as atividades realizadas pela mulher e pelo filho durante o feriado Leia mais Caio Guatelli/Folha Imagem
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