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Extrações de cenouras e batata em hospital de Campos são filmadas e vazam para o público.
Introdução de corpos estranhos para prática erótica se transforma em grave problema médico cirúrgico, e ético…
Na edição da Somos desse domingo, uma notícia impressionante relata que em Campos, nos últimos meses, foram constatados três casos de homens que chegaram à rede pública de saúde, com problemas por terem introduzido legumes na região anal e eles ficarem presos dentro do corpo dos indivíduos. Em dois dos casos, eles deram entrada na emergência por terem introduzido cenouras de cerca de 30 e 40 centímetros no ânus e, no outro, uma batata inglesa de cerca de 200g. Surpreendentemente, o fato acabou vazando da área médica circulando através de vídeos feitos por celulares que mostram, na íntegra, as intervenções feitas para a retirada dos legumes dos ânus dos cidadãos. Pelo menos, observa-se que nas cenas gravadas houve o cuidado de não revelar a identidade dos pacientes submetidos às intervenções. Mas, no áudio de um deles, há um diálogo entre pessoas presentes na hora da intervenção médica para a retirada da cenoura: “— Ih a ponta tá faltando (da cenoura)? Será que a ponta não está quebrada lá dentro, não?”/ “— Não…” / “— XXX deve ter um coelho lá, também…” (risos). Em outro, uma enfermeira espantada com o tamanho da cenoura exclama em voz alta: “Jesus, Maria, José. O quê que é isso?!!”
Diante dos fortes indícios de os vídeos das extrações de vegetais do ânus de pacientes terem sido gravados na emergência de um grande hospital público de Campos, o que pode levar a questionamentos éticos, civis e criminais, a equipe da Somos entrou em contato com o secretário municipal de Saúde Dr. Paulo Hirano, que assistiu, pasmo, a dois deles (o terceiro, e mais revelador, só foi obtido pela equipe após a entrevista). Após assistir aos vídeos, o Dr. Paulo Hirano ressaltou que as cenas gravadas (as que ele teve acesso naquele momento, pois posteriormente foi interceptado um terceiro vídeo bem mais revelador) não mostram indicativos das identidades dos pacientes e do local onde foram filmadas. Mas foi categórico ao afirmar que abriria uma investigação e, caso ficasse provado terem sido realizadas na rede pública de Campos, vai instaurar um inquérito administrativo e apurar as responsabilidades criminais no caso.
No terceiro vídeo, obtido pela equipe da Somos após a entrevista, a sala de emergência é perfeitamente visível, e alguns uniformes mostram a logotipia identificada por algumas pessoas da área médica como de um hospital público local. Uma cópia desse vídeo foi encaminhada pela Somos ao secretário de Saúde Dr. Paulo Hirano para auxiliar nas investigações. Leia alguns trechos da entrevista do Dr. Paulo Hirano abaixo:
“Para o fato de ter acontecido, existem explicações. Para o fato de ter sido gravado, existe explicação. O que não tem explicação moral e ética, e não existe explicação legal, é a divulgação disso numa rede, qualquer que seja ela, ainda que não apareça a face da pessoa, ainda que não apareça o local onde foi feito. Mas a verdade é que houve uma transgressão no início do procedimento que culminou nisso, e no final do procedimento, que foi a divulgação de imagens, que eu diria… científicas. Porque foi um ato médico da retirada de um corpo estranho. Poderia ter sido, ao invés da batata ou cenouras, uma caneta, qualquer mecanismo roliço, alguma coisa que causasse naquele momento o desejo do paciente de ter feito isso”
“Mas você tem que ter alguns indícios, né? O indício do procedimento, em si, o que a gente pode fazer — e vou fazer e vou tentar descobrir… — é em relação à questão desse tipo de procedimento: se eu tenho algum registro com esse tipo de material. Quer dizer… “retirada de corpo estranho”… Do quê? De uma batata, de uma cenoura, de um pepino? O que foi? Apesar de que é difícil fazer a identificação disso dentro de milhares de atendimento, mas eu sou obrigado, realmente, a tentar encaminhar isso aí. Hoje nós temos um novo presidente da Fundação Municipal de Saúde, o Dr. Chicão, mas eu vou tentar conduzir isso aí…