Antigamente o vagabundo ia mesmo é pra cadeia e o cidadão era
respeitado.
A falta de respeito para com a sociedade tem concorrido para que os
bandidos não tenham mais medo da polícia. Hoje quem tem medo da policia é o
cidadão.
A cultura popular que estereotipou o policial e especialmente o
delegado, como um indivíduo obtuso, useiro e vezeiro no abuso do poder, quando
não corrupto, é culpa do Estado e da sociedade.
Como a única coisa que permanece estática é a mudança, algumas pessoas
não se aperceberam que o tempo passou e a realidade da Polícia Judiciária hoje
é outra, apesar de todas as dificuldades, algumas delas resquícios ainda do
Estado ditatorial havido antes de 1988, a polícia tem experimentado uma
evolução constante e sedimentada, não só em função dos novos policiais que
passaram a integrá-la, mas principalmente daqueles que há décadas lutam e
enfrentam toda ordem de adversidades, para realizar com eficiência e eficácia o
trabalho absolutamente legal, justo, lúcido e equilibrado que se espera de uma
instituição que talha com a honra e a liberdade das pessoas.
Não obstante pontuais circunstâncias detectadas no seio social,
contribuírem para que a palavra "respeito" tenha sido quase que volatilizada
dos nossos dicionários, ela é uma das principais armas da polícia no desempenho
do seu mister.
O cidadão não deve temer a polícia, mas respeitá-la, assim como esta ao
cidadão, o respeito difere do medo na medida em que este significa a angústia
do espírito e aquele a grandeza da alma.
Achar que um "delegado brabo" vai resolver os problemas da
Segurança Pública é algo absurdamente ingênuo.
O medo é feio o respeito é bonito.
O medo é falso o respeito é verdadeiro.
O medo é hediondo o respeito é sublime.
O medo é mesquinho o respeito é generoso.
O medo é desnecessário o respeito fundamental.
O medo é momentâneo o respeito é para sempre.
A percepção dessas nuances pela Polícia e Sociedade, contribuirão para
um trabalho de Segurança Pública otimizado, eficaz e humano, porque o medo
pressupõe o abuso, mas o respeito denota o cumprimento justo e equilibrado da
Lei.
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Quando alguém tem caráter, personalidade e confia no que está dizendo, não precisa se esconder no anonimato.