Estudioso em pesquisas eleitorais, o ex-governador do Rio de Janeiro César Maia afirma que é bobagem a divulgação de votos válidos em pesquisas de 2º turno. Concordo.
Isto porque, agora, vence a eleição a governador (ou a presidente) quem tiver mais votos. E ponto final. Independente da porcentagem de votos que o candidato tenha.
Basta, então, com base nesse raciocínio, que os institutos informe a intenção de votos totais de cada candidato e os percentuais de brancos, nulos, não sabem e não responderam.
Esses dados são suficientes para se avaliar o quadro eleitoral.
No Pará, conforme a primeira pesquisa do Ibope no 2º turno, Helder tem 48% e Jatene 45% dos votos totais. Uma diferença de 3 pontos.
O cenário é, portanto, de disputa equilibrada.
Não só por causa da margem de erro da pesquisa (3%), mas substancialmente devido o fato de que há 7% dos eleitores (branco, nulo, indecisos) que não marcaram nenhum nome. Isso representa 2 vezes mais a diferença entre Helder e Jatene.
Em resumo: eleição completamente indefinida.
A pesquisa espontânea (Helder, 44%; Jatene, 41%) reforça essa indefinição.
“Sempre que a porcentagem daqueles que não marcaram nenhum candidato se aproxima ou ultrapassa o dobro da diferença entre eles, a eleição pode se considerar indefinida”, lembra Cesar Maia.
Jatene e Helder estão atento a esse quadro, e devem pisar fundo no acelerador da campanha nessa reta final.