A prisão de um Agente da Polícia Civil, nesta
quarta-feira (9), mostrou mais uma vez a forma como a Delegacia Geral da
Polícia Civil trata aqueles que fazem parte dos seus quadros: com dois pesos e duas medidas.
Enquanto o delegado Olavo Dantas, que está preso desde 8 de julho,
aguarda o desenrolar de seu processo detido em uma cela sozinho, em uma
delegacia, o policial civil Rossini Pinheiro foi colocado em uma cela no
Centro de Detenção Provisória da Ribeira, onde estão dezenas de presos,
na manhã desta quinta-feira (10).
Lembro que na época da prisão do delegado Olavo, a alegação da
Degepol para ele não ser colocado em uma cadeia comum era que como
profissional da segurança, sua própria segurança estaria comprometida ao
se juntar a outros presos. Então, o mesmo argumento não vale para o
policial Rossini ou vice-versa?
Não estou aqui defendendo o agente preso e muito menos o delegado. Os
dois são investigados por crimes que supostamente cometeram e devem
ficar presos o tempo que a Justiça entender necessário.
A crítica é ao tratamento diferenciado que a Sesed e a Degepol deram
aos casos, claramente privilegiando o delegado Olavo. É por essas e
outras que a Segurança Pública do nosso Estado está como está.
Ou vocês acham que em outras esferas também não há tratamento diferenciado? Será que o preso rico é tratado igual ao pobre? Será que a
morte do rico é investigada igual a do pobre?
http://portalbo.com/materia/Dois-pesos-e-duas-medidas-Enquanto-delegado-preso-fica-em-cela-especial-policial-preso-e-colocado-em-CDP