"CHEGADO" - O ENCARREGADO DA CORRUPÇÃO E DO JEITINHO BRASILEIRO
Quem
nunca ouviu falar do indivíduo? Ou melhor, quem não tem um “Chegado”?!
Ora, o Chegado é o “herói” das massas e é encontrado em todas as
repartições, sejam públicas e privadas, sem distinção! Temos o Chegado
que tira multas, tem o Chegado que passa processos à frente, tem o
Chegado que vota favorável, tem o Chegado que agenda a consulta na
frente, tem o Chegado que arruma vagas nas escolas, enfim, para todo o
tipo de maracutaia, mesmos as mais inocentes (se é que isto seja
possível), existe um Chegado para fazer o serviço.
A
prática é comum e acontece nas melhores famílias. Ora, você mesmo que
está lendo essa crônica se puxar bem pela memória, poderá constatar que
algum dia em sua vida apelou a um “Chegado”! É que ás vezes ele usa
alguns codinomes como: Conhecido, Contato, Influente.
Quando
acionamos o camaradinha, certamente é porque queremos algo que foge aos
métodos convencionais, normalmente morosos, enfadonhos. Ora, o Chegado
tem lá seus meios (o que também não me interessa. Problema dele uai!) de
conseguir mais rápido, com 100% de garantia de sucesso e sem nenhum
esforço meu (um telefonema, um email, e até uma piscadela já é
suficiente para o Chegado captar a mensagem).
O
problema de tudo isto é que o Chegado também tem um “Chegado”, que
também tem um Chegado, até chegarmos ao “Chegado-mor”, aquele que mantém
a cadeia, que dá as ordens, que delega poderes, que manda e desmanda. E
nós o criticamos pelos seus atos escusos, apontamos o dedo, sem darmos
conta de que ao ligarmos para o primeiro Chegado da cadeia acionamos a
máquina da corrupção e juntos aos demais colocamos o dedo no gatilho!
Pior
que condenar os atos dos corruptos é ser hipócrita, não limpar as
próprias janelas! Quer mudar o mundo, que tal então começar por si
mesmo!
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Quando alguém tem caráter, personalidade e confia no que está dizendo, não precisa se esconder no anonimato.