A principal ação é o aumento de água no interior das células musculares. O inchaço, associado à malhação, faz com que os músculos cresçam mais rápido. Mas essa é apenas uma das mudanças provocadas pelas "bombas".
Mais corretamente chamadas de esteróides anabolizantes, elas são drogas artificiais, cujo ingrediente-chave é uma imitação da testosterona, o principal hormônio masculino.
Existem mais de 20 tipos de anabolizantes, para uso oral ou injetável. Depois de entrar no organismo os esteróides invadem certas células - como as musculares e as do fígado - e provocam alterações bioquímicas. Nos músculos, além de reter líquidos, os anabolizantes aceleram a atividade metabólica.
"As drogas incrementam o anabolismo, que é a fase pós-exercício, em que o corpo repõe a energia e reconstrói as células degeneradas", diz o médico Bernardino Santi, coordenador estadual de doping da Confederação Brasileira de Futebol. Se o sujeito pegar pesado na academia, pode ganhar até oito vezes mais massa muscular do que um malhador normal.
A "mágica" custa caro para o organismo. Os efeitos colaterais são devastadores e podem levar à morte. Mas os anabolizantes também podem ter efeitos positivos. Sob controle médico, são indicados para quem sofre de doenças degenerativas, na reposição hormonal e até para astronautas após longas estadias no espaço.
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