Negócios- Empresária faz sucesso vendendo doces na janela de seu quarto
Iara Battoni capricha na criação dos doces e bebidas que oferece a clientes na cidade de Amparo, no interior de São Paulo

Ela foi então para Campinas fazer um técnico de moda e depois para o Rio de Janeiro, onde fez um curso de Artes, Figurino e Indumentária. Logo, a jovem de Amparo, interior de São Paulo, começou a trabalhar na área.
Em um desses trabalhos, a atividade de Iara era fazer doces cenográficos, o que ela adorou. Principalmente porque isso a lembrava do período de seus 11 aos 20 anos, quando ajudava a mãe a fazer doces em casa.
A vontade de abrir seu próprio negócio bateu novamente, mas o alto custo de vida do Rio de Janeiro, em conjunto com a ausência dos amigos e família, fez com que ela voltasse para Amparo. De volta à sua antiga casa, Iara sentiu a necessidade de reformar seu antigo quarto. “Adorava refazer a decoração do meu quarto quando era mais nova. E quando voltei para casa, quis mudar meu quarto de novo, pois estava tudo diferente, eu mudei muito durante o tempo que passei fora.” No meio do processo de redecoração, a tão esperada "ideia empreendedora" veio: e se ela vendesse doces e bebidas quentes em sua janela? Afinal, era julho de 2012, época do festival de inverno da cidade, e ela precisava de algum dinheiro enquanto não encontrasse um novo emprego.
Doceria criativa
Quatro dias depois, a janela já estava aberta. E toda decorada com desenhos e pinturas feitas por Iara representando os principais itens do cardápio, como palhas italianas e chocolate quente com conhaque. A ideia, ‘A Janela da Namoradeira’ – nome escolhido em homenagem às esculturas populares de mulheres na janela – era pra ser temporária. Mas, “sem querer acabou dando certo”, conta Iara.

Um dos principais atrativos da ‘Janela’ é o fato de tudo em relação a ela ser pensado e customizado por Iara. Em datas comemorativas, como Páscoa, dia dos namorados e Natal, são lançados cardápios especiais, com outros quitutes e pacotes promocionais. “Penso nos catálogos especiais como se fossem coleções. Os doces, as cores e as ideias têm que estar em harmonia. Mas uma coleção tem que se distinguir da outra, não gosto de coisas batidas”, explica Iara. São feitas muitas listas, desenhos e moldes até a execução. “O processo de ideias costuma ser longo, leva cerca de um mês.”

E a doceria criativa de Amparo segue firme e forte. Atualmente, a ‘Janela’ fica aberta de quinta a domingo, e Iara trabalha sozinha, fazendo os doces, as embalagens, dando conta das encomendas. É bastante trabalho, mas ela se sente realizada. “Tudo depende de mim. Mas ao mesmo tempo tenho autonomia total para fazer o que eu quiser.”

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